quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Possibilidades Assertivas

Não te quero assustar.
Não te vou fazer promessas. Não vou jurar que faço ou digo. Não vou planear um hipotético futuro que ainda está por acontecer. Não te vou forçar a nada. Não te vou dizer por onde ires. Não vou mandar em ti, nem a comer, nem a beber, nem a fumar. Não vou impor qualquer restrição no que tu pretendes para ti. Não te vou manipular, como já fiz no passado, para seres como eu quero que sejas em vez de seres a pessoa que tu sonhas ser.
Queres ir? Vai. Queres fazer? Faz.
Queres tentar ser mais feliz noutro lugar com outra pessoa? Eu levo-te lá.
Muito directo? Definitivamente que sim. O tempo dos Talvez já lá vai. Pelo menos o tempo, porque essas incertezas continuam à minha volta, mas já num caminho certo. Todos as Talvez que ponderei, estão agora com Sim's que as fazem felizes. Embora no momento da descoberta possa ter ficado confuso, hoje vejo que não era em mim o melhor lugar.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Untitled (3)

É-me contranatura esquecer.
É um pensamento que tem vindo a crescer cada vez mais dentro de mim. Tenho em mim que já lutei o suficiente contra essa vontade de esquecer e pôr de lado. A minha memória não mo permite. Não me deixa. Posso até passar um dia sem recordar, mas ela acaba por voltar a lugares, supostamente dormentes, onde te recordo. Com carinho? Não, com ardor. Era em ti que estava depositada muita da minha esperança do tão comummente usado "futuro".
Destino amargo não o quis, e agora só apetece dizer como ele dizia, "Boa sorte. Tudo de bom!". Maneira subtil de te mandar à merda. Não exprime no completo o que agora sinto ao pensar em ti, mas chega lá bem perto.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Matemática Discreta

Foi só mais um ano que passou. Mais uma volta ao sol em que no fundo, nada mudou. Não obstante, esta mente irrequieta e constantemente em teorias, pôs-se a fazer contas ao tempo.

Passaram anos. Já nem sei bem quantos, só sei que foram muitos, mas mais do que a distância temporal, o maior foi a distância física. Essa sim notei eu bem. Deu bem para me conhecer ainda melhor, coisa rara, e perceber quanto é preciso para esquecer algo tão vívido outrora como um rosto. Não por falta de fotografias e vídeos antigos. Esses continuam guardados numa caixinha de sapatilhas na parte de cima do roupeiro. Porquê? Não sei responder. Sei apenas que das poucas vezes que reabri esse cofre, quase sufoquei de nostalgia. Quase ao ponto de querer deitar tudo fora, sem qualquer chance de restaurar esses ficheiros da reciclagem. Não o fiz. Porquê? Também gostava de saber.