domingo, 1 de agosto de 2010

The Invention of Lying

Boa noite e peço desculpa pelo tamanho do "testamento" ..

O título é de um filme de 2009 que só hoje é que me lembrei de o ver, talvez por não me ter captado muito a atenção... E para variar, a minha primeira impressão estava completamente errada!

É um filme que mexeu comigo em várias perspectivas. A história passa-se num mundo em que ninguém mente. Toda a gente diz o que lhe vai na mente sem mentir, a um ponto quase extremo.
Por exemplo quando o actor principal vai sair num encontro com a actriz principal, este chega mais cedo a casa dela e ela ao abrir a porta diz algo do género: chegas-te mais cedo do que eu estava a espera, estava a masturbar-me.. E enquanto este espera na sala, para ela se acabar de arranjar, ela vai "acabar o serviço" e ao descer diz-lhe mesmo que já se veio. Surreal, não?

É um mundo em que as pessoas se dão a conhecer logo à primeira vista. Quem é arrogante, está sempre a evidenciar os defeitos dos outros. Quem é infeliz, está sempre a dizer como a sua vida "não presta". Todos são sinceros e dizem única e exclusivamente a verdade. Podem pensar que é tudo muito bonito. Um mundo em que todos dizem a verdade pura.. Mas ás vezes a verdade é a ultima coisa que se quer ouvir e a última coisa que se deve dizer.

O momento de viragem é precisamente quando o actor principal diz "uma coisa que não era". Sim, não é mentir, porque neste mundo o ser humano não tem uma palavra para este acto.
Já agora, as maneiras como ele testa este acto para comprovar que não foi um acaso, são bastante engraçadas ;)

A partir deste momento no filme, este homem torna-se a única pessoa no mundo que sabe mentir. Imaginem-se nessa posição. Podiam fazer o que vos desse na cabeça e depois dizer que não foram vocês. Se esta personagem não fosse o "bom da fita" se calhar ia ter um resultado muito mau..



O meu objectivo com este texto não propriamente publicitar o filme, mas sim a ideia nele contida.

Há coisas que este homem faz que contradiz a própria bíblia! Duma maneira bastante cómica, é transmitida uma mensagem muito forte. Aconselho o filme a toda a gente.
Se alguém quiser posso até arranjar o dito filme..



Pormenores interessantes:
- o actor principal é Ricky Gervais, conhecido pela série britânica The Office;
- a actriz principal é Jennifer Garner, conhecida pela série A Vingadora;



Até a próxima.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Nada Mais

Não é com palavras rudes, desprovidas de lógica, ou verdade, que me magoas... Para mim isso são apenas eufemismos da paixão. É quando o teu silêncio se faz ouvir, que a mágoa me faz ferida.

domingo, 25 de julho de 2010

Não, nem eu me conheço

Não vou dizer quem, nem vou dizer como nem onde. Apenas irei falar sobre o que ouço, vejo e sinto num dia-a-dia em que não é suposto passar-se nada. Mas passa..

Ontem á noite, das milhares de frases e expressões que ouvi, houve pelo menos uma que me ficou na cabeça: "Nem eu me conheço. Como é que hei-de conhecer os outros?".

A origem da conversa não interessa, até porque eu não a sei, mas pode-se dizer que é aquela típica desavença entre homens e mulheres. E a ideia encaixa aí mesmo. Nós não nos conhecemos a nós próprios, muito menos os outros.

Quem pensar que sim, pense a seguir no seguinte: nunca houve aquela noite, tarde ou dia(s) em que com ou sem razão, agimos duma maneira completamente diferente ao nosso habitual? Mesmo que seja associado a consumos de bebidas ou outros consumos, das duas uma: ou o consumir é 'normal' ou o facto de consumir já está a revelar uma personalidade diferente.
Para quem faz consumos habitualmente, já deve ter noção de como fica e aí só exagera, só muda de estado quem assim o deseja.

Desviei-me um pouco do tema em si, mas também era importante dizer isto.

Continuando.., Se qualquer pessoa é capaz de mudar radicalmente a sua forma de pensar e agir, tão rapidamente como um bater de asas de um colibri (e eu digo isto por experiência própria e por conhecer vários casos), então o melhor mesmo é nunca dar demasiada importância a quem julgamos estar mais próximos de nós. Isto inclui amigos de longa data, amigos de infância, namorados(as) de longa data..

A minha opção/recomendação é não por ninguém num patamar muito alto. No máximo, deve-se por as pessoas que até agora não nos magoaram ou desiludiram no mesmo patamar em que nós estamos. E outra coisa essencial que também aprendi ontem: "temos de ser cabrões". Não no sentido usual de ser cabrão, de ter gajas e etc! Temos de ser cabrões e saber cortar relações antes de sairmos mal, porque (esta também ouvi ontem) "quem nos engana uma vez, engana vinte".


Até a próxima.